»' A boa e velha arte de esperar.
Esperamos em fila, esperamos ônibus, esperamos por datas especiais, esperamos amores. Esperamos demais! Criamos até uma falsa imagem, esperamos a mulher perfeita ou o príncipe encantado, quando na verdade só existem sapos e gatas borralheiras. Esperamos coisas demais dos outros. Cartas, ligações, e-mails, flores, presentes, compreensão, carinho... Mas na realidade essa pessoa não pode nos dar nada mais do que tem. E aí essa esperança acaba inundando o terreno do amor e estragando o que há de mais bonito: as diferenças. São elas que acendem o fogo da discórdia e liberam a chama do prazer. Elas são o combustível da relação. Um casal sem brigas não são um casal e sim dois seres sem vida (e sem sal). Se o romance não der certo, lembre-se: a culpa não é sua, nem dele, nem dela, nem de fulano, nem de ciclano, a culpa é da esperança, a culpa é da esperança!
(Raul Colaço)
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